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SIMEXMIN DEBATE OS DESAFIOS DA MINERAÇÃO NO BRASIL

Raphaella Padilha – Minera MT – 20/05/2024

POTENCIAL DO BRASIL PARA MINERAIS ESTRATÉGICOS DOMINA DEBATES NO SEGUNDO DIA DO SIMEXMIN

O Segundo dia do Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral (SIMEXMIN), que debate o papel do Brasil na transição energética global, teve palestra de Adam Simon, da Society of Economic Geologists (SEG), que deu um panorama sobre disponibilidade no mundo de minerais essenciais para transição energética, como cobre e grafite por exemplo.
Simon, pesquisador Universidade de Michigan, EUA destacou que a demanda por minerais críticos para economia de baixo obriga a industria da mineração a desenvolver novas tecnologia para a descoberta de depósitos minerais.

O primeiro painel do dia abordou as pespctivas publicas e privadas para o setor mineral brasileiro com falas do gerente de Exploração da Anglo American ; Mauro Sousa, diretor geral da ANM e Frederico Bedran, advogado especialista em mineração e Rodrigo Cota, diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral do Ministério de Minas e Energia.

Potencial geológico de minerais estratégicos

A produção e o potencial geológico de minerais estratégicos no Brasil foram temas do segundo painel do evento. Guilherme Ferreira da Silva, chefe da Divisão de Geologia Econômica do Serviço Geológico do Brasil apresentou dados sobre a produção e o potencial geológico de minerais estratégicos no Brasil; o mercado de commodities para minerais estratégicos foi abordado por Marcio Goto; Francisco Javier Rios
Pesquisador do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear falou sobre Urânio no Brasil e Francisco; a potencial da Grafita no Brasil foi apresentado por Débora Rabelo Matos, pesquisadora em Geociências do SGB.

Diversidade e inclusão na mineração

Na parte da parte o destaque foi para o painel sobre sustentabilidade ambiental, social e governança no setor mineral. O painel foi mediado por Patrícia Procópio, e teve apresentações da gerente da Alvarez & Marsal, Ana Carolina Muniz, falou sobre ESG como alavanca para a mitigação dos impactos socioambientais e econômicos do setor mineral; Daniela Villar falou sobre relacionamentos através da comunicação sustentável e Camila Silva mostrou olhares multidisciplinares e interseccionais na agenda de diversidade e inclusão do setor minerário.

SIMEXMIN DEBATE OS DESAFIOS DA MINERAÇÃO NO BRASIL

Evento teve recorde de público com mais de 1.400 profissionais do Brasil, Chile, Peru, Austrália, Canada e Catar, tornando o evento cada vez mais internacional.

O Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral (SIMEXMIN) se firmou nos últimos anos como palco importante de debate, sobre a pesquisa e mineração no Brasil. A abertura da décima primeira edição do evento, que acontece dias 19 e 22 de maio em Ouro Preto, reuniu cerca de 1.400 profissionais que atuam em diversas etapas da indústria mineral do país e do exterior, atraindo participantes do chile, Canada, Austrália, Finlândia, Catar e Peru, tornando o evento cada vez mais internacional.
Em discurso na cerimonia de abertura Marcos André Gonçalves, presidente do Conselho Superior da ADIMB, destacou a importância do evento como catalisador para debater temas relevantes ao setor, como papel do Brasil na produção de minerais críticos na transição energética global.
Para Gonçalves o desafio é crescer nos minerais críticos, sendo competitivo nos minerais que tradicionalmente país minera. Ele destacou ainda o conteúdo da programação e o esforço da ADIMB em articular o diálogo entre diversos atores, como governo, empresas e academia para discutir assuntos relevantes para o setor.

Rodrigo Cota, diretor MME, diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral do MME elogiou a ADIMB pela organização do Simexmin, que segundo ele, promove o diálogo com a sociedade. O diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Sousa, disse que o evento mostra a força do setor e que a ANM tem buscado esse diálogo com a sociedade para oferecer soluções para os desafios da mineração no país.

Presente também da abertura, o presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável, deputado Zé Silva, disse que projetos importantes para o setor estão tramitando no Congresso, e o país precisa se posicionar estrategicamente para aproveitar as oportunidades que a transição energética pode oferecer para o desenvolvimento do país.
Ele citou que uma das prioridades da frente é apoiar a reestruturação da ANM, que permanece com a mesma cultura do antigo DNPM, com os mais de 200 mil processos que precisam ser digitalizados e profissionais desvalorizados. “Eu falei com o ministro, nosso conterrâneo, não dá para parcelar a estruturação da ANM. Foi um tema exaustivamente debatido e hoje com certeza está muito claro para o setor privado, para as empresas e para nós no parlamento brasileiro que a agência precisa realmente ser estrutura para que ela possa cumprir seu papel,” afirmou o parlamentar.
O SIMEXMIN é um fórum relevante para o desenvolvimento da pesquisa mineral brasileira e nesta edição, vai reunir empresas, universidades, institutos de pesquisa, órgãos governamentais e profissionais que atuam no setor mineral brasileiro para debater como os recursos minerais desempenham um papel fundamental, fornecendo os elementos essenciais para a produção de tecnologias de energia limpa e renovável para a transição energética global.

A programação do evento contará com sessões temáticas e painéis com a participação de profissionais da indústria, da academia e do governo, além de especialistas internacionais, que irão apresentar perspectivas públicas e privadas sobre o setor mineral do país, a produção mineral e potencial geológico das províncias minerais, em especial para minerais estratégicos, inovações tecnológicas, além da abordagem econômica, de investimentos, legais, sociais, ambientais e de governança, na pesquisa mineral e mineração no Brasil.

MERCADO DE CAPITAIS PARA MINERAÇÃO AVANÇA COM A REDE INVEST MINING

B3 e Genial passam a compor o Grupo de Coordenação da Invest Mining

Em reunião da Coordenação Rede Invest Mining ocorrida nessa sexta-feira (26/4), foi aprovado o ingresso de dois novos Integrantes no núcleo de Coordenação da Rede Invest Mining: a B3 e a Genial Investimentos. Essas duas novas incorporações na coordenação da Rede fortalecem a integração dos trabalhos da Invest Mining com os mercados de capitais e com o setor financeiro no país.

Além dessa importante decisão que vem fortalecer a atuação da Invest Mining, na reunião houve a aprovação para realização de dois eventos de peso na estratégia de aproximar empresas e investidores, no sentido  de melhorar o ambiente de negócio para a mineração no Brasil.  Um deles é o Workshop da Rede Invest Mining que ocorrerá no dia 21/5, durante o XI Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral (XI SIMEXMIN) em Ouro Preto. Na tarde desse dia, pretende-se reunir empresas com potencial para se listarem em bolsa e agentes financeiros para discutir como deve ocorrer o procedimento de listagem de empresas no país. No Workshop, haverá um painel institucional com instituições que representam o ecossistema do mercado de capitais que se pretende criar, a exemplo da Coordenação da Rede Invest Mining, o BNDES, a B3, a CBRR e a Genial Investimentos, seguido com cases de sucessos de empresas listadas, com a Bravo, Ionic Lithium, South Star e Ero Copper.

O segundo evento aprovado na reunião de Coordenação, importantíssimo para se avançar na consolidação do mercado de capitais para a mineração, será o Invest Mining Summit, a ser realizado na cidade de São Paulo, no dia 9 de outubro, provavelmente na FIESP, visando difundir e atrair o mercado financeiro para a mineração. Maiores detalhes serão divulgados oportunamente.

O coordenador da Rede Invest Mining e consultor da ABPM, Miguel Nery, explicou que a rede Invest Mining é focada na promoção do financiamento das atividades de mineração no Brasil, fomentando ações que resultem na melhoria do ambiente de negócios visando a atração de investimentos e, consequentemente, a expansão, a diversificação da produção mineral e o aumento do número de empresas mineradoras atuantes no país. “Neste momento, estamos dirigindo os nossos esforços para criar no Brasil um braço da Bolsa, semelhante ao Canadá e Australia, voltado para a mineração, especificamente para apoiar as Juniors companies, definidas como não operacionais, que são exatamente quem corre o risco geológico no trabalho de descoberta de jazidas”.

Sobre a Invest Mining

A rede é fruto de uma união inédita de organizações das esferas pública e privada, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios na mineração e promover as boas práticas de sustentabilidade, governança e cuidado social. A rede está aberta à adesão de mais entidades interessadas em participar desse marco, que traz uma mudança fundamental na cultura de investimento em mineração no Brasil.

Fazem parte da Rede colaborativa Invest Mining, entidades representativas, organizações públicas e privadas.  Participam: representantes da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM); Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB); Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Agência Nacional de Mineração (ANM), Serviço Geológico do Brasil (SGB), Ministério de Minas e Energia via Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (MME/SGM), CNI, ABIMAQ, APEX-Brasi, B3, Genial Investimentos, dentre outros.